Tenho cultivado o hábito de ouvir podcasts de desenvolvimento pessoal enquanto treino. Em um desses episódios, entre reflexões e silêncios, me dei conta de algo incômodo: o meu maior problema sou eu mesma. Sou eu quem moldo minha realidade, através das convicções que carrego desde a infância. É claro que a vida não existe para satisfazer as minhas expectativas. Acidentes, perdas, injustiças, tudo isso acontece o tempo todo,e está fora do meu controle. Mas o que está sob meu domínio é a forma como enxergo e reajo a essas situações e isso muda tudo. A maneira como interpreto o que me acontece determina o quanto vai doer, o quanto vou aprender, e o quanto de drama vou permitir entrar na minha vida. O sofrimento que carregamos por quase tudo que nos frustra não é natural.Não precisa ser assim. A resistência que a mente cria ao sofrimento, tentando evitá-lo a qualquer custo, muitas vezes só o intensifica. Perceber que somos o nosso maior obstáculo é um ato de responsabilidade. Não por tudo ...
Hoje, me peguei refletindo sobre o peso das coisas que nos acontecem, sobre como o que vivemos se infiltra nas nossas emoções e molda a maneira como vemos o mundo. A forma como lidamos com os altos e baixos da vida , ou como deixamos que eles nos moldem. Eu tenho lido sobre isso, observado as pessoas ao meu redor e, principalmente, me observado. Abri uma frase que me tocou profundamente: “Não deixe que o mundo torne você difícil.” As experiências que acumulamos ao longo dos anos não são apenas acontecimentos. Elas se transformam em pedaços de nós mesmos, algumas vezes dentro do inconsciente, outras vezes escancaradas na nossa forma de ser. O mais difícil de perceber é como, sem querer, podemos nos tornar a dureza que nos foi imposta pela vida. Como nos tornamos mais irritados, mais fechados, mais pesados, como se o fardo da vida tivesse o poder de roubar nossa leveza. Quantas vezes nossa energia diminui, o humor fica contido, e os pensamentos negativos se tornam como um eco constante? ...