Hoje comecei algo que eu achei que não poderia fazer. Minha autocrítica exagerada e minha insegurança constantemente me sabotaram, assumiram e tomaram conta de uma parte minha extremamente profunda e autêntica, intensa e bonita. Foram tomando, pouco a pouco, minhas partes mais essenciais — aquelas que me deixariam ser alguém incrível, abundante e transbordante.
Em algum momento, acreditei que eu era incapaz, sem significância e sem talento nenhum.
Durante muito tempo, me vi totalmente imersa: prepotente, imóvel, apenas existindo, sem muita resistência.
Mas, em algum momento, uma luz surgiu, bem pequena, quase imperceptível a olho nu.
Mas, como curiosa que sou, fui ver o que era.
Ao alcançá-la, em um momento, imergi para outro lugar, respirei fundo,
E senti que era hora de voltar.
Voltar à minha verdade, a quem eu seria sem as castrações constantes, sem a necessidade doentia de agradar outras pessoas e esquecer do que eu gosto, do que eu quero.
Sem aquela voz irritante que me diz todo dia que eu não consigo, que eu não posso.
Sem a constante frustração por não ter o que a sociedade atual prega como necessário ao ideal de sucesso.
Sem a comparação compulsiva e sem sentido nenhum, já que ninguém sente, vê ou escuta igual.
Racionalizando tudo, tentando controlar coisas que não estão sob o meu controle.
Com medo,
medo de abrir mão da parte que ficou tanto tempo em mim e que acabei acreditando nela.
Mas, no último minuto antes de me afogar completamente,
Me fiz consciente de quem eu posso ser…
Se desapegar dessa parte escura que me leva para o fundo…
Tive um insight e sorri, orgulhosa de quem me tornaria ao abrir mão dessa parte em mim.
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