Tenho pensado que talvez a vida, para alguns, nunca se resuma apenas ao "é assim que as coisas são". Sempre há um olhar questionador, uma necessidade de romper padrões, de explorar os limites da própria existência. O que nos limita? Somos nós, com nossos medos e crenças internalizadas, ou é o mundo ao redor que nos molda sem que percebamos? Talvez seja tudo isso misturado, uma dança entre o que herdamos e o que escolhemos carregar.
E para aqueles que precisam de mais do que o mesmo de sempre… talvez a resposta esteja em fazer o que se teme, em abandonar o excesso de controle, em simplesmente se permitir sentir e agir sem a necessidade de ter todas as respostas antes do primeiro passo. O medo e a hesitação são como sombras, mas sombras só existem onde há luz. Então, e se ao invés de lutar contra a escuridão, você apenas decidisse caminhar, mesmo sem enxergar tudo com clareza?
E aqueles que se acostumaram aos dias nublados… às vezes, a luz do sol não some, mas nossos olhos aprendem a não enxergá-la. O que faz o brilho voltar não é a espera de um dia diferente, mas a decisão de olhar para o mesmo dia com outra perspectiva, mesmo que seja apenas um pequeno detalhe. O brilho pode estar numa brisa que toca o rosto, num café quente entre as mãos, num pensamento que desperta um arrepio na pele. Talvez a saída não seja encontrar algo novo, mas sentir de novo.
talvez tudo seja apenas uma questão de perspectiva. Mas mudar a perspectiva nem sempre é simples, Às vezes, estamos tão mergulhados na maneira como enxergamos o mundo que nem percebemos que há outros ângulos possíveis. E quando percebemos, vem aquela inquietação: se eu olhar diferente, será que algo muda de verdade ou só eu que finjo que mudou?
Mas talvez o segredo não seja forçar uma mudança brusca, e sim permitir pequenos deslocamentos. Como quando você lê um livro e, de repente, uma frase te faz enxergar algo que sempre esteve ali, mas que nunca havia saltado aos olhos. Talvez seja sobre isso: encontrar novos olhares dentro do que já existe.
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